Artigo de Daniel Scott, publicado em 12 de junho de 2018 "Há alguns dias, a revista Época publicou uma edição que viralizou nas redes sociais, especialmente por causa da capa criativa. Apesar de term feito um bom trabalho com a ilustração, o artigo em destaque
não foi à altura. Mas traz pontos interessantes, a partir dos quais é possível fazer algumas reflexões:
Enquanto países desenvolvidos estão focados em ensinar aos seus jovens inteligência artificial, machine learning, big data e outros assuntos pertinentes, por aqui estamos presos em discussões que não tem relevância econômica alguma, como identidade de gênero ou saber se mulher branca usar turbante é apropriação cultural. São discussões que, embora sejam consideráveis, simplesmente não ajudam a desenvolver um país onde 70% da população é analfabeta funcional.
O resultado é que, pela ignorância gerada, nossos jovens crescem acreditando que salário é uma benevolência do empregador e não uma função da produtividade e da sua disposição de assumir riscos.
Com isso creem que o fato de não conseguirem comprar coisas é porque as empresas não querem dar remunerações altas, quando a realidade é que nossos jovens são menos capacitados que beagles de laboratório.
Basta ver os cursos universitários mais concorridos nos EUA/Europa e aqui no Brasil. Por lá é business / management / tecnologia. Já por aqui são cursos de humanas.
É claro, o adolescente que se formou no ensino médio sem saber a tabuada nem conseguir interpretar um artigo acadêmico não tem outra chance na vida a não ser fazer vestibular de Ciências Sociais na Uniskina ou qualquer outra coisa do tipo.
Não que sejam profissões dignas, mas não geram valor econômico. Sobretudo por estarmos já saturados de profissionais desse mesmo perfil que, como num magnífico esquema de pirâmide, vão trabalhar ensinando mais jovens a entrarem nessas profissões e perpetuar o ciclo, de termos um país que não produz tecnologia, mas repleto de sociólogos.
Mas não precisa nem ir tão longe para entender a idiotização dessa geração. Basta ver um video que viralizou entre esses "ultrajáveis" nessa semana.
Paralelamente, estamos na rabeira mundial do ranking de P&D, enquanto nossos melhores engenheiros, adminstradores e profissionais de tecnologia estão se mandando para fora em ritmo acelerado. Todos os dias perdemos milhares dos nossos "cérebros". Veja, é uma equação simples: o tempo de um aluno é limitado. Quanto mais horas ele passa aprendendo sobre diversidade cultural, menos horas ele passa aprendendo sobre matemática, literatura, física, etc...
Como consequência, quando chegam no mercado de trabalho, os jovens descobrem que o resto do mundo não importa os dois maiores produtos brasileiros: textão no Facebook e videos motivacionais.
Ninguém á fora lestá interessado em debater se devemos usar "x" no final de palavras com dois gêneros, muito menos em acampar no frio para apoiar criminosos condenados.
Lá no primeiro mundo, as pessoas só pensam em uma coisa: produzir. Produção geral riqueza, gera igualdade, reduz a violência e, em última instância, traz mais diversidade social do que de fato ensinar diversidade nas escolas.
Já por aqui, a nova geração estará preocupada em tirar selfies e engajar em lutas contra os canudinhos, enquanto espera que políticos populistas a sustente por toda a vida.
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