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Somos feitos de pó de estrela

Foto do escritor: Marcelo LacativaMarcelo Lacativa

Desde que o homem é homem que a pergunta "De onde eu vim?" é repetida por gerações. A primeira resposta, claro, veio da religião. Barro, lama, espuma do mar, árvores e plantas, tudo já foi apontado como o material original da formação humana.

Mas a ciência descobriu que a história verdadeira é muito mais legal. Somos todos feitos de estrelas.

As estrelas não são nada mais do que um grande conglomerado de hidrogênio na forma de plasma - um estado entre o sólido e o líquido. Sua grande gravidade faz com que as moléculas de hidrogênio se fundam uma as outras, produzindo moléculas maiores - no caso o hélio - além de uma pequena perda de massa que se transforma em energia: o calor emitido pela estrela.

Esse calor facilita ainda mais a fusão do hidrogênio, permitindo um ciclo que se auto alimenta em uma produção contínua de energia.

Só que como tudo na vida, a estrela também tem seu fim. Confome o hidrogênio vai acabando, a fusão começa a acontecer com o hélio, formando elementos cada vez mais pesados e preenchendo toda a tablela periódica. Não é exagero algum dizer que as estrelas são que produzem todos os elementos que conhecemos, como uma grande fábrica de natureza. O Big Bang produziu apenas hidrogênio, hélio e uma quantidade mínima de lítio. Todos os outros elementos foram produzidos pelas estrelas.

Ao produzir cada vez mais elementos maiores e mais pesados, a estrela passa a aumentar de tamanho. É o que acontecerá com nosso Sol daqui a 3 bilhões de anos. Ele se transformará em um gigante vermelha, e engolirá os planetas mais próximos: Mércurio (certamente), Vênus e Terra (muito provavelmente).

Depois disso o hidrogênio e o hélio acabam por completo. E o que acontece a seguir depende do tipo de estrelas. Algumas como o Sol, passam a se encolher até formar uma estrela pequena, chamada de anã branca. Outras estrelas maiores, de tamanho pelo menos 10 vezes maior que nosso Sol, simplesmente colapsam seu núcleo devido a grande quantidade de elementos pesados, gerando uma gigantesca explosão. São as chamadas Supernovas.

A explosão de uma estrela é simplesmente o fenômeno mais poderoso da natureza. A estrela passa a brilhar 1 bilhão de vezes mais forte. O último fenômeno registrado em nossa galáxia aconteceu em 1604. A explosão de uma supernova em 1054 foi registrada por vários povos na Terra, e hoje ainda é visível seus resquícios na forma da Nebulosa de Carangueijo.

A próxima aposta dos astrônomos é uma das estrelas mais brilhantes vista aqui da Terra: Betelgeuse. Apesar de ser considerada uma estrela prestes a explodir, o conceito de tempo para estrelas é um pouco diferente do nosso: pode acontecer amanhã ou daqui a 10 mil anos. O brilho da explosão será igual ao da nossa Lua, sendo possível de ser vista inclusive de dia. Será um fenômeno que durará meses.

A explosão das Supernovas espalha toda a "produção" da fábrica estrelar que foi juntada durante toda sua vida por todo o universo. Todos os elementos químicos criados são enviados para se unirem em outro lugar.

E foi a partir desses elementos que se formou o nosso Sistema Solar, há cerca de 5 bilhões de anos atrás.

Somos todos feitos de pó de estrelas. E isso é muito mais legal do que qualquer história contada por nossos ancestrais.


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