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O Erro de Einstein

Atualizado: 12 de ago. de 2018

Quando Einstein escreve a fórmula que descrevia a gravidade do universo, alguma coisa deu errado.

Segundo seus cálculos, o Universo estava expandindo. Isso não poderia estar certo. Todos sabiam que o Universo era imutável. Os céus descritos pelos povos antigos eram exatamente iguais aos observados hoje. As estrelas e constelações estavam exatamente no mesmo lugar.

Para corrigir isso, Einstein criou o que ele depois chamou de "o maior erro de sua vida": a constante gravitacional. Inserida na fórmula, ela tornava o Universo estático, imutável, eterno.

Anos depois, Hubble - que depois recebeu a homenagem de ter um telescópio com seu nome - descobriu que o Universo não tinha nada de estático. As galáxias se moviam a velocidades assombrosas. Algumas vindo em direção a nossa galáxia, e outras muitas se afastando.

Einstein então tirou sua constante gravitacional de sua fórmula, e tudo se encaixou perfeitamente como deveria.

Não é raro nos depararmos com verdades absolutas. Sejam criadas por nossos pais, amigos e conhecidos, sejam criadas por nós mesmos. Verdades inquestionáveis, que não devem e não podem ser desafiadas sob nenhum pretexto.

Sem perceber, vamos criando essas verdades inquestionáveis ao nosso redor, como muros de uma prisão que impedem que conseguimos ver além dos seus limites.

Não existem verdades absolutas. Tudo na vida é questionável, tudo na vida DEVE ser questionável. Isso vale para todos os conhecimentos que temos, todas as pessoas que conhecemos.

Não é vergonha nenhuma mudar suas crenças ao se descobrir novas evidências. Einstein o fez de cabeça erguida, feliz por tê-lo feito. Isso não é um sinal de fraqueza. Muito pelo contrário. É o maior exercício de humildade que existe.

Que no futuro tenhamos força e humildade para destruir os muros de certezas construídos em nossa volta. Especialmente em ano de eleições fundamentais para nosso país, não aceite sob nenhum pretexto verdades absolutas, ou candidatos absolutos. Questione sempre que possível, e não tenha vergonha de mudar de opinião à luz de novas evidências.



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